segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Herdeiros políticos são campeões de votos para a Assembleia


Sobrenomes conhecidos dos gaúchos voltaram em grande estilo ao cenário político nas eleições deste ano. Apostando no legado deixado por seus antepassados, Edegar Pretto (PT), Juliana Brizola (PDT), Lucas Redecker (PSDB) e Marcelo Moraes (PTB) conquistaram seus primeiros mandatos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Os laços familiares não garantiram apenas a eleição dos herdeiros políticos, mas também o título de candidatos mais votados em seus partidos.

Vocação passada de pai para filho: Filho do ex-deputado Júlio Redecker, Lucas conquistou 69.043 votos – a maior votação entre os candidatos do PSDB. Aos 29 anos, ele promete dar continuidade ao trabalho do pai, morto em 2007 no acidente aéreo da TAM em São Paulo.

— Agora tenho que mostrar que sou filho do Júlio não só no voto mas no trabalho também — disse Lucas.

Em 2003, o filho do ex-deputado já havia ensaiado os primeiros passos na política ao concorrer à prefeitura de Novo Hamburgo. Sobre a inevitável comparação que enfrentará daqui para frente, Lucas demonstra não ter medo:

— Isso é natural. Quero mostrar que sou muito parecido com meu pai no trabalho, mas não sou ele — enfatizou.

Família Pretto e os movimentos sociais: Ligado à política desde os oito anos de idade, Edegar Pretto (PT) cresceu com a lembrança da fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), articulada pelo líder Adão Pretto. Aos 39 anos, já sem a companhia do pai, que morreu no ano passado, Edegar foi eleito com o maior número de votos entre os candidatos petistas ao legislativo estadual: 69.233.

Impulsionado pelos mesmos ideais sociais defendidos pelo pai em quatro mandatos na Câmara Federal, ele garante que sua primeira luta será pela retomada do seguro agrícola estadual – uma criação de Adão Pretto, o primeiro colono gaúcho que assumiu cadeira no parlamento.

Nos passos do avô Leonel Brizola: Com 61.305 votos, Juliana Brizola deixará a Câmara de Vereadores de Porto Alegre para assumir o primeiro mandato na Assembleia Legislativa. Aos 35 anos, a advogada entrou na vida pública após a morte do avô Leonel Brizola, em 2004.

Desde então, Juliana começou a ser requisitada em eventos que lembravam a história do líder trabalhista. A candidata acabou por se sagrar a vereadora mais votada na Capital em 2006. Em 2011, pretende ter seu trabalho reconhecido no legislativo gaúcho.
— Vou lutar para que o Estado volte a ser referência na educação em turno integral — projeta a nova deputada.

Político de pai e mãe: Apesar de não ter sido o mais votado na legenda, Marcelo Moraes (PTB), filho do deputado federal Sérgio Moraes, também fará sua estreia na Assembleia Legislativa no próximo ano. Aos 31 anos, o candidato fez 32.535 votos.Marcelo irá formar a tríplice do poder na família: já que a mãe Kelly Moraes é prefeita de Santa Cruz do Sul, onde Marcelo foi eleito vereador na última eleição.


Fonte: Clicrbs

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