quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Participar ou não do Governo Tarso? Eis a questão.

Alguns companheiros entendem que o PDT não deve participar do governo, e trazem justificativas, no meu entender, não tão convincentes. 

Percebo que as suas negativas de participação no governo Tarso, carrega uma mágoa muito grande, gerada pela ferida ainda não cicatrizada, de um passado ainda recente. Tal mágoa, se levada em conta, pode colocar o partido na mesma situação em que o PT do RS esteve, até pouco tempo: no isolamento. Ranços devem ser deixados no passado.O Estado é dinâmico, e precisamos progredir.

Entretanto, outros companheiros, mais lúcidos na sua análise, pensam na necessidade do crescimento do partido, na necessidade de se ter espaço para mostrar para a população riograndense, muito em especial à população jovem, o que é uma administração trabalhista.

Particularmente penso como estes.
Se o partido não estiver no poder, não conseguirá sobreviver. Uma experiência vitoriosa aconteceu no município de Porto Alegre, e deve servir de exemplo. Hoje, temos a Prefeitura e podemos mostrar à sociedade porque o trabalhismo pode ser a solução das diferenças sociais. Entretanto, por óbvio, não devemos nos atirar nos braços do PT. Devemos aguardar o convite oficial, que deve vir acompanhado da lista de Secretarias que poderemos assumir, com pleno poder, e não como mero coadjuvantes.

Há um claro interesse do Tarso, já declarado publicamente, em contar com a nossa participação no seu governo, obviamente, para ter o nosso apoio na Assembléia Legislativa, mas, penso eu, também para contar com a nossa história de lutas, o legado Brizolista que carregamos, e, porque quer implantar o novo estilo de governo do PT, ensinado pelo Presidente Lula. O do diálogo.

Mas é preciso termos espaço para implantar a nossa ideologia trabalhista, em especial àquela relativa à educação. Penso que devemos deixar nosso orgulho de lado, e terminar, definitivamente com esse ranço ideológico, nojento, que só tem feito estes dois grandes partidos andarem afastados, o que tem permitido que outros partidos com ideologia totalmente diversa daquela que defendemos, ocupe o nosso espaço.

Pensem nisso. É Dilma lá, e apoio ao Tarso aqui.

É a minha opinião.

Em 28 de Outubro de 2010.

Otávio Santiago de Farias
Membro do Diretório Regional do PDT do RS
Presidente da Associação de Monitores do PDT do RS

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