A menos de uma semana da reunião do diretório Estadual do PDT, que vai
definir o ingresso ou não do partido no governo de Tarso Genro, os pedetistas
acirram as discussões internas. O peso maior dos debates está na prefeitura de
Porto Alegre, administrada por José Fortunati (PDT) e candidato natural à
reeleição. Sabendo que o PT e partidos aliados de forma alguma abrirão mão do
Paço Municipal, os pedetistas decidem o que é mais importante: estar no governo
do Estado com autonomia ou colocar em risco a reeleição de José Fortunati às
vésperas de eventos, como a Copa do Mundo de 2014, que vão colocar a prefeitura
no centro das atenções.
O PDT realizou nesta terça-feira reunião preparatória para o encontro do
diretório estadual, que ocorre na próxima segunda-feira, 22. De acordo com o
presidente estadual da legenda, Romildo Bolzan Júnior, a intenção é aceitar a
oferta de Tarso Genro (PT) de três secretarias, desde que as pastas da Saúde e
da Agricultura, além da dos Esportes, possam ser ocupadas pelo partido.
Bolzan Júnior disse que a proposta já foi comunicada, por telefone, à
comitiva do futuro governo, que está na Europa. Com o novo cenário, os indicados
do PDT passam a ser o primeiro-suplente à Câmara Federal Afonso Mota (para a
Agricultura); o deputado estadual Ciro Simoni (para a Saúde); e Kalil Sehbe Neto
(para os Esportes).
Os trabalhistas já anteciparam que, se a proposta não for
aceita, descartam ocupar estatais. O ex-prefeito da Famurs, Flávio Lammel,
revelou que ainda mantém esperanças de ocupar o Gabinete dos Prefeitos, caso o
PDT não fique com a área de Esportes. O futuro governo ofereceu seis
possibilidades ao PDT, incluindo Saúde e Agricultura, sendo que, dentre essas, o
partido pode escolher apenas uma. A idéia é de que a legenda fique com uma pasta
de porte grande e outras duas com menos
recursos.
Será que o PT irá aceitar estas condições? A resposta talvez só na próxima semana. Aguardem.
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