Líder do PDT na década de
90 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o hoje deputado federal
Pompeo de Mattos (PDT-RS) teve como integrante de sua equipe no Legislativo
Estadual a economista Dilma Rousseff, filiada a esse partido à época. Dilma
orientava seu "chefe" e a bancada nas votações e também como atuar na
oposição ao governador Antônio Brito (PMDB). Agora, Pompeo reivindica um cargo
no futuro governo da ex-subordinada. Sem mandato a partir de 2011, ele pleiteia
uma das 26 diretorias do Banco do Brasil. De preferência, a de Agronegócios.
"Sou do Sul e o forte lá é a agricultura", disse o pedetista ao GLOBO.
Pompeo foi candidato a vice-governador na chapa de José Fogaça (PMDB) este ano.
Perdeu, mas destaca que apoiou Dilma desde o primeiro turno. "Fizemos
um comício para ela na sede do PDT, com mil líderes do partido presentes. A
Dilma se emocionou", relembra Pompeo.
Funcionário de carreira
do Banco do Brasil, onde começou como contínuo em Santo Augusto, em 1974,
Pompeo assegura que não está fazendo pressão para ocupar o cargo e diz que a
presidente pode colocá-lo em qualquer lugar da instituição. Ele se licenciou do
banco em 1989, para assumir a Prefeitura. "Tenho o direito e o dever
de voltar para o banco. Pode me botar no almoxarifado ou no gabinete de uma
diretoria. Estou preparado para qualquer função. Inclusive para ser diretor.
Conheço bem a instituição". O líder do PDT na Câmara, Paulo Pereira da
Silva (SP), afirmou que o partido incluiu uma diretoria do banco no pacote de
pedidos ao novo governo. E defende o colega gaúcho: "O Pompeo é
funcionário do banco, foi chefe da Dilma, a apoiou para presidente. Reúne todas
condições para ser atendido".
Pompeu também é só elogios
para Dilma:
"Na Assembleia, Dilma foi nossa grande orientadora. Nossa principal
conselheira. Eu era muito moço e ela muito experiente. É muito inteligente e
defende com firmeza seus pontos de vista". Naquela época, Dilma era
presidente da Fundação de Economia e Estatística do estado, e foi cedida para
trabalhar com a bancada do PDT. Antes de Pompeo, o líder do partido na
Assembleia foi Carlos Araújo, então marido de Dilma. "Vivia na casa deles,
almoçando ou jantando. Numa reunião da bancada, ano passado, brinquei que fui
chefe da Dilma, mas quem mandava era ela". Pompeo foi vereador, prefeito,
deputado estadual e federal. Ele considera que esses anos na política dão
bagagem para assumir uma diretoria importante do Banco do Brasil. "Além de
conhecer o banco porque estive lá dentro, tem esse acúmulo da vida
política".
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