quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pompeo de Mattos diz estar pronto para ajudar Dilma Roussef no governo.

Líder do PDT na década de 90 na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o hoje deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS) teve como integrante de sua equipe no Legislativo Estadual a economista Dilma Rousseff, filiada a esse partido à época. Dilma orientava seu "chefe" e a bancada nas votações e também como atuar na oposição ao governador Antônio Brito (PMDB). Agora, Pompeo reivindica um cargo no futuro governo da ex-subordinada. Sem mandato a partir de 2011, ele pleiteia uma das 26 diretorias do Banco do Brasil. De preferência, a de Agronegócios. "Sou do Sul e o forte lá é a agricultura", disse o pedetista ao GLOBO. Pompeo foi candidato a vice-governador na chapa de José Fogaça (PMDB) este ano. Perdeu, mas destaca que apoiou Dilma desde o primeiro turno. "Fizemos um comício para ela na sede do PDT, com mil líderes do partido presentes. A Dilma se emocionou", relembra Pompeo.

Funcionário de carreira do Banco do Brasil, onde começou como contínuo em Santo Augusto, em 1974, Pompeo assegura que não está fazendo pressão para ocupar o cargo e diz que a presidente pode colocá-lo em qualquer lugar da instituição. Ele se licenciou do banco em 1989, para assumir a Prefeitura. "Tenho o direito e o dever de voltar para o banco. Pode me botar no almoxarifado ou no gabinete de uma diretoria. Estou preparado para qualquer função. Inclusive para ser diretor. Conheço bem a instituição". O líder do PDT na Câmara, Paulo Pereira da Silva (SP), afirmou que o partido incluiu uma diretoria do banco no pacote de pedidos ao novo governo. E defende o colega gaúcho: "O Pompeo é funcionário do banco, foi chefe da Dilma, a apoiou para presidente. Reúne todas condições para ser atendido".
  
Pompeu também é só elogios para Dilma: "Na Assembleia, Dilma foi nossa grande orientadora. Nossa principal conselheira. Eu era muito moço e ela muito experiente. É muito inteligente e defende com firmeza seus pontos de vista". Naquela época, Dilma era presidente da Fundação de Economia e Estatística do estado, e foi cedida para trabalhar com a bancada do PDT. Antes de Pompeo, o líder do partido na Assembleia foi Carlos Araújo, então marido de Dilma. "Vivia na casa deles, almoçando ou jantando. Numa reunião da bancada, ano passado, brinquei que fui chefe da Dilma, mas quem mandava era ela". Pompeo foi vereador, prefeito, deputado estadual e federal. Ele considera que esses anos na política dão bagagem para assumir uma diretoria importante do Banco do Brasil. "Além de conhecer o banco porque estive lá dentro, tem esse acúmulo da vida política".


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