Alguns companheiros entendem que
o PDT não deve participar do governo, e trazem justificativas, no meu entender,
não tão convincentes.
Percebo que as
suas negativas de participação no governo Tarso, carrega uma mágoa muito
grande, gerada pela ferida ainda não cicatrizada, de um passado ainda recente. Tal mágoa, se
levada em conta, pode colocar o partido na mesma situação em que o PT do RS
esteve, até pouco tempo: no isolamento. Ranços devem
ser deixados no passado.O Estado é
dinâmico, e precisamos progredir.
Entretanto,
outros companheiros, mais lúcidos na sua análise, pensam na necessidade do
crescimento do partido, na necessidade de se ter espaço para mostrar para a
população riograndense, muito em especial à população jovem, o que é uma
administração trabalhista.
Particularmente
penso como estes.
Se o partido
não estiver no poder, não conseguirá sobreviver. Uma experiência vitoriosa
aconteceu no município de Porto Alegre, e deve servir de exemplo. Hoje, temos a
Prefeitura e podemos mostrar à sociedade porque o trabalhismo pode ser a
solução das diferenças sociais. Entretanto,
por óbvio, não devemos nos atirar nos braços do PT. Devemos
aguardar o convite oficial, que deve vir acompanhado da lista de Secretarias
que poderemos assumir, com pleno poder, e não como mero coadjuvantes.
Há um claro
interesse do Tarso, já declarado publicamente, em contar com a nossa
participação no seu governo, obviamente, para ter o nosso apoio na Assembléia
Legislativa, mas, penso eu, também para contar com a nossa história de lutas, o
legado Brizolista que carregamos, e, porque quer implantar o novo estilo de
governo do PT, ensinado pelo Presidente Lula. O do diálogo.
Mas é preciso
termos espaço para implantar a nossa ideologia trabalhista, em especial àquela
relativa à educação. Penso que
devemos deixar nosso orgulho de lado, e terminar, definitivamente com esse
ranço ideológico, nojento, que só tem feito estes dois grandes partidos andarem
afastados, o que tem permitido que outros partidos com ideologia totalmente
diversa daquela que defendemos, ocupe o nosso espaço.
Pensem nisso. É Dilma lá, e apoio ao Tarso aqui.
É a minha
opinião.
Em 28 de
Outubro de 2010.
Otávio Santiago de Farias
Membro do Diretório
Regional do PDT do RS
Presidente da
Associação de Monitores do PDT do RS
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