sexta-feira, 9 de abril de 2010

A internet liberada para a eleição 2010.

Tenha em mente que no Brasil são mais de 7 milhões de usuarios banda-larga na internet, sem contar os usuarios de rede discada. No Rio Grande do Sul estima-se mais de 1,5 milhão em banda larga, sem contar os acessos via celular e smartphone, Veja o texto abaixo que fala sobre como será visto uma campanha politica via web.

A internet terá papel fundamental na mobilização de militantes e apoiadores informais dos partidos na campanha eleitoral deste ano. Não terá o mesmo potencial de convencimento que rádio e televisão possuem hoje, mas sua capacidade de aproximar os eleitores dos candidatos, possibilitando o diálogo entre eles, deverá receber atenção especial no mundo da política em 2010. As experiências de marketing em redes sociais – como Orkut, Facebook, Twitter, Youtube e blogs – será incorporada às estratégias de campanha política, já que, pela primeira vez, a legislação eleitoral tornou a internet um território livre para a proganda dos candidatos. Essa é a avaliação de especialistas em marketing da internet consultados pela Gazeta do Povo.

A internet é a forma de atrair o eleitor jovem, já que pesquisas mostram que eles não veem propaganda eleitoral na televisão. “Hoje o eleitor jovem não vê o jornal nacional, o que dirá propaganda eleitoral.”

Mas para o marketing político na rede funcionar, ele deve se adequar às características do meio. A estratégia política na internet é muito diferente da dos meios tradicionais. “Tem de ter uma forma adequada, sem hierarquia definida, até porque a rede não tem hierarquia. Muitos políticos não entendem a cobrança feita por eleitores em redes como o Twitter”. “O Sarney, por exemplo, entrou no Twitter, usava a ferramenta como release. Saiu logo depois que houve a crise no Senado. Não estava pronto para responder aos questionamentos.”

O secretário de Comunicação do PV, Fabiano Carnevale, diz enxergar na internet um ótimo meio para mobilização de apoiadores de campanha. Carnevale adquiriu experiência em marketing on-line ao coordenar a campanha de internet de Fernando Ga­­beira à prefeitura do Rio de Janeiro, em 2008. “A televisão con­­tinua sendo o principal caminho, mas a internet exerce a função de mobilizar os apoiadores.”

Ele dá como exemplo um episódio da campanha de Gabeira, em que o deputado estava em baixa nas pesquisas. “Fizemos um vídeo com o Gabeira falando que apesar das pesquisas a eleição não estava decidida, que não existia voto inútil, que era preciso votar em candidato que as pessoas gostassem”, relata. “A partir dali, a campanha foi virando em favor de Gabeira.” Esse é um exemplo, explica Carnevale, de marketing viral que funcionou.

Porém, na avaliação dele, isso só funciona se houver integração com a campanha de rua. Na eleição de 2008, diz Carnevale, cerca de 10 mil voluntários contribuíram com a campanha de Gabeira. Parte deles na internet – replicando textos e vídeos para seus conhecidos –, e outra parte nas ruas. “Um dos eventos mais significativos começou com a ideia de uma eleitora no Orkut, que combinou com 15 amigos para ir à praia de verde. A ideia acabou se transformando em uma manifestação de mais de mil pessoas.”

Experiências das redes

“Acredito que há uma tendência importante de se usar as experi­ên­­cias recentes das redes sociais em campanhas eleitorais”, afirma o professor do curso de Comu­­ni­cação Social Juliano Borges, da Uni­­­­versidade Estadual do Rio de Janeiro e autor do livro Web Jornalismo: Jor­­nalismo e política em tempo real.

Borges considera que ferramentas como blogs, Orkut, Facebook, Youtube e Twitter serão usados de forma integrada principalmente por candidatos a eleições majoritárias – Presidência, Senado e governos estaduais. “Essa eleição será particularmente especial para avaliar como serão usadas as novas tecnologias no Brasil. Vai ser a primeira campanha em que o investimento em internet não vai ser pontual.”

Fonte: Gazeta do Povo

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