quinta-feira, 29 de abril de 2010

Os eleitores da internet - Vale a pena investir?

Se pensarmos nos eleitores que combinam três ou mais mídias na sua informação sobre assuntos políticos, chegamos perto de 27% do total. Ou seja: em cada quatro eleitores das regiões metropolitanas, um pode ser considerado muito informado — imaginando que quem procura informação em tantas mídias simultaneamente acaba por encontrá-la.
Em pesquisa recente, vimos que a proporção de eleitores que usam a internet para se informar sobre política já chega a 36% nas principais regiões metropolitanas do país. Ela foi feita pela Vox Populi e seus trabalhos de campo aconteceram nos primeiros dias de setembro, cobrindo as oito maiores metrópoles brasileiras e o Distrito Federal.

Quase dois terços dessas pessoas se informam exclusivamente em sites de notícias e blogs jornalísticos, enquanto que 7% utilizam somente as redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter com essa finalidade. Os 29% restantes combinam as duas possibilidades. São eleitores que acessam a rede com muita intensidade: cerca de 70% dos que procuram nela essas informações dizem que navegam “todo dia ou quase todo dia” com esse intuito.

Este ano de eleição podemos tomar como exemplo a campanha eleitoral do homem mais poderoso do mundo (assim é considerado pela mídia) Barack Obama, Presidente dos EUA. Veja como ele usou a internet para angariar votos, e principalmente doações para a sua campanha. Este trecho abaixo foi tirado do site do “correio do Brasil”.

Nos EUA, a doação de eleitores para as campanhas eleitorais dos candidatos à Casa Branca permitiu que o atual presidente norte-americano, Barack Obama, faturasse cerca de US$ 750 milhões, um recorde que parecia impossível de ser atingido quando ainda disputava as primárias democratas com Hillary Clinton. A agência de propaganda AG2 já se adiantou e trouxe ao Brasil, o diretor de Tecnologia do Partido Democrata dos EUA, Ben Self para participar das comemorações de seus 10 anos.

Responsável pela campanha de Barack Obama na Internet, o profissional chegou ao Brasil e se reuniu com clientes da agência digital gaúcha, empresas do terceiro setor e representantes do PT e do PSDB, segundo informações de uma página especializada em marketing, na internet.

Nas reuniões, segundo o site, Self falou não só da campanha que desenvolveu para Obama, um dos maiores cases mundiais de uso eficiente da internet, mas também de toda sua experiência na utilização de meios digitais em campanhas políticas.

"Na campanha, Obama fez mais do que fornecer informações: Criou uma verdadeira conversa com seus grandes apoiadores, sua linha de base, o que consistiu em mais de 13 milhões de endereços de e-mail, três milhões de amigos no Facebook, dois milhões de usuários do MyBarackObama.com e milhões de outros internautas", afirmou Self em um artigo escrito sobre a estratégia eleitoral online do atual presidente norte-americano.

Ainda segundo ele, toda a campanha foi controlada de perto, com atenção às redes sociais e respostas às mensagens enviadas por eleitores. Painéis e outros espaços online também foram criados para publicação das opiniões dos internautas, estreitando o contato com o então candidato.

Fica uma pergunta. Será que aqui no Brasil, os eleitores brasileiros, a exemplo dos norte-americanos, farão doações aos candidatos?

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